quinta-feira, 8 de outubro de 2015

CpE - I Simpósio internacional sobre Ciência para Educação

Fiquei feliz de conhecer a Ciência para a Educação (CpE) neste ano num simpósio internacional realizado na cidade do Rio de Janeiro. Falando de boas iniciativas em se ir para o âmbito da Neuroeducação e pensar em pontes entre as diversas áreas do conhecimento...

Minha desculpa para ir ao simpósio foi triplamente qualificada: ir ao simpósio propriamente dito; levar um pôster para o IBRO, o congresso maior que se seguiria dias depois; conhecer a vizinha cidade maravilhosa, e chegar de avião no melhor estilo bossa nova no Santos Dumont.   

Depois vou tomar a liberdade de repostar o link de algumas palestras filmadas no congresso, material interessante a ser propagado. Me parece que montar o simpósio não deva ter sido nada fácil, nunca é. Levantar patrocínio, espaço (no Rio que deve custar o olho da cara), trazer bons palestrantes, e continuar trabalhando nos seus projetos e laboratórios, é trabalho de equipe e merece os parabéns a todos os envolvidos, mas, claro, me marcou ver o prof. Roberto Lent correndo pra cima e pra baixo e sorrindo!

De qualquer forma, apesar de estar inserida na área de pesquisa, vejo o quanto muitas vezes desconhecemos os projetos. Assim, divulgo aqui o link do site da CpE.

O que me marcou no simpósio? Algumas palestras que me interessaram muito como neurocientista, outras nem tanto, normal, é assim em qualquer encontro. 
Mas, para além disso, a fala de uma professora da platéia me chamou muito a atenção. Ela se apresentou como professora de história, com uma super formação, inclusive um pós-doc, e ali desabafou o quanto não conseguia compreender lhufas de muito que havia sido dito. No fundo, o que ela queria dizer me pareceu (e isso é bem subjetivo): 1) não sou uma tapada, nem pensem em me tratar assim (e não estou fazendo uma crítica, não achei arrogante); 2) há algo de errado na maneira como este conhecimento está sendo levado a seu público OU o público-alvo não é de professores e sim de neurocientistas.

Acolhi a crítica, porque de certa forma eu não a compartilho, uma vez que apesar de ser professora, estou mergulhada há anos nas Neurociências. Mas, entendi. Sim, ela tinha razão, algo não dialogava com o público na sua totalidade, talvez dialogasse com aquelas pessoas na mesma situação que a minha, mas, não com as demais. Também, devo dizer, senti falta de diálogo e de uma linha lógica entre as palestras, achei outras soltas, sem dizer ao que vieram. Mas, lembrei que congresso é assim mesmo... E saí refletindo que criticar é sempre mais fácil que fazer, isso sim! Tipo festa de casamento, um dinheirão e gasto de tempo, todo mundo come e ainda reclama. Mas, que as críticas sirvam para melhorar este diálogo, para atender ao público a que se propõe, que sejam além de neurocientistas, professores de sala de aula, de carne e osso e pós de giz.






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